quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Tudo sobre o Valle Nevado: A melhor estação de esqui do Chile

Nathalia Villaça
nathaliavss@hotmail.com

Vista da Cordilheira dos Andes
Nathalia Villaça


O Valle Nevado é o melhor destino chileno para os amantes de esqui e snowboard. Mas se esportes radicais não são para você, fique tranquilo! O resort, além do visual estonteante no alto da Cordilheira dos Andes, conta com diversos atrativos para quem deseja se hospedar na estação ou para aqueles que vão passar apenas um dia.
Se o seu objetivo é apenas passar o dia no Valle Nevado, o local oferece muitas opções para os visitantes não-hóspedes como lojas de souvenirs e itens de neve, aluguel de equipamentos de esqui, restaurantes e, é claro: a belíssima paisagem da montanha coberta de neve. O resort também conta com um teleférico de cabine fechada, o único que permite a circulação de pessoas sem esqui e snowboard sobre as pistas.  

Aluguel de snowboard
Nathalia Villaça


Pista de esqui
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Mas se você pretende aproveitar o Valle Nevado para a prática de esqui e snowboard, há 39 pistas disponíveis tanto para esquiadores experientes quanto para quem deseja aprender. A estação oferece aulas particulares e coletivas para todas as idades, além de alugar equipamentos e roupas. A maioria das pistas só é acessível com o uso de esqui ou snowboard, então esteja preparado. O preço para curtir os esportes na neve pode variar: para quem está hospedado em algum dos três hotéis o acesso é livre; para quem se hospeda em um dos apartamentos ou deseja apenas passar algumas horas, o tíquete para um dia inteiro tem custo de CLP 45.000 (em torno de R$ 270,00); crianças, idosos e estudantes têm descontos variados. 
É no complexo hoteleiro do Valle Nevado que ficam os restaurantes mais elaborados, com opções da culinária italiana, francesa, americana e pratos tradicionais chilenos. O custo médio de uma refeição no resort é de CLP 25.000 (aproximadamente R$ 150,00). Ainda há quiosques com lanches rápidos e o Mirador del Plomo, o único do resort cujo buffet funciona à noite. 

Restaurante La Fourchette
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O acesso ao Valle Nevado é gratuito, mas não é recomendável ir até lá por conta própria. A estação está apenas a 40 km de Santiago, mas a subida leva aproximadamente 1h30 por conta da estrada com 60 curvas e muita neve, especialmente no inverno. Será necessário contratar um serviço de transfer ou uma agência de turismo, que oferecem opções de transporte privado ou em grupo a partir de USD 29 (em torno de R$ 120,00).
Fora da temporada de inverno, o Valle Nevado oferece passeios panorâmicos, passeios a cavalo, biking, trekking, além do passeio de gôndola e dos restaurantes. Não importa a época do ano, a visita ao maior complexo de esqui e snowboard do Chile é sempre uma boa pedida.

Hotel no Valle Nevado
Nathalia Villaça

Lisboa em 24 horas: Um roteiro inusitado pela capital portuguesa

Leticia Ponso e Nathalia Villaça
Fonte: almadeviajante.com
Data: 01/08/18


Apesar de Lisboa ser uma capital de dimensão relativamente reduzida, este roteiro de um dia em Lisboa não pretende ser um top de atrações turísticas nem responder à eterna questão sobre “o que fazer em Lisboa”. É, ao invés, uma visão pessoal sobre o que poderá ser um dia bem passado na cidade, especialmente para quem pretende visitar Lisboa pela primeira vez ou deixar-se guiar na descoberta da cidade. É por isso mesmo uma viagem feita de escolhas, porque 24 horas é pouco tempo para conhecer Lisboa.



Manhã


Permita-se acordar naturalmente e comece entre o Bairro Alto e o Príncipe Real, debruçado no Miradouro de São Pedro de Alcântara.Aprecie a vista do rio, do castelo e dos telhados da colina em frente e sinta o sol da manhã na cara. Se ainda não comeu, tome o pequeno-almoço no quiosque. Se comeu, beba um café.Desça a Calçada da Glória a pé, ou no elevador, e aprecie os painéis com graffitis à sua esquerda. Nos Restauradores, apanhe o metrô e saia no Marquês de Pombal. Suba o Parque Eduardo VII. Repare na fonte que está no topo. É uma homenagem ao 25 de abril, feita por um escultor português famoso (João Cutileiro).
Atravesse a rua e entre no Jardim Amália Rodrigues. Circunde-o até avistar uma ponte de madeira. O Corredor Verde de Monsanto começa aqui e leva-o até ao Parque Florestal de Monsanto, os “pulmões” da cidade de Lisboa. Caminhe 2 km e não desista quando chegar à ponte que parece uma autoestrada – está no caminho certo. Atravesse-a e passe por baixo do viaduto, seguindo o caminho marcado. A mancha de verde que é Monsanto vai aparecer à sua frente. Relaxe um pouco e regresse seguindo o mesmo caminho, de volta ao metrô. Ou então passe o resto do dia em Monsanto… não faltam coisas para fazer.

Miradouro de São Pedro de Alcântara
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Tarde

No bairro da Mouraria está o Largo da Severa. Reza a lenda que é o sítio onde nasceu a primeira cantora de Fado famosa. A sua casa é agora um restaurante e casa de fado.
Deambule pelo bairro até chegar à Rua de São Lourenço (dica: vá virando sempre à direita). Sim, é confuso e provavelmente vai-se perder, mas isso faz parte do passeio. No fim da rua chega ao Largo dos Trigueiros. Há uma fonte no meio e grinaldas coloridas. As fotografias nas paredes das redondezas fazem parte de um projeto da Camilla Watson. Representam a vida e as pessoas do bairro. Quer saber mais? O estúdio é já aqui.

Continue em frente. Vai passar por mais ruas estreitas, prédios antigos e chegar ao Largo de São Cristóvão, com a igreja homónima. Se lhe apetecer, desvie-se para as ruas secundárias para sentir a vida do bairro. Cumprimente as senhoras que estão à janela e espreite as drogarias antigas que ainda se encontram por aqui.
Subindo pela Calçada do Marquês de Tancos já está na encosta do Castelo. Provavelmente já o tinha percebido, por causa da inclinação da rua. Descanse um pouco na esplanada do Chapitô, e beba uma Imperial. Este conjunto de edifícios brancos, vermelhos e amarelos rodeia um pátio lindíssimo com mesas e cadeiras diferentes, um pequeno jardim de ervas aromáticas, uma tenda e uma das melhores vistas sobre Lisboa e o Rio Tejo. Tudo isto pertence a um projeto que inclui, no mesmo espaço, uma escola de circo e artes performativas, uma casa para jovens desfavorecidos que frequentem a escola, palcos para ensaios e espetáculos, um restaurante e um bar.

Rua Cor-de-Rosa
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Fim deTarde

Apanhe o elétrico 15, na Praça da Figueira. Peça ao condutor para lhe indicar a paragem mais próxima da LX Factory, um complexo industrial antigo que esteve abandonado durante décadas. Reabriu em 2007 e estabeleceu-se como uma “ilha criativa” de Lisboa. 
Na Lx Factory, em edifícios onde as paredes estão decoradas com arte urbana, podem encontrar-se lojas, escritórios de arquitetura e design, espaços de coworking, produtores de artes visuais, galerias, cafés, restaurantes, bares e estão espaços novos a abrir constantemente.
Coma uma fatia de bolo de chocolate na Landeau e perca a noção do tempo na Ler Devagar, uma livraria incrível revestida de livros do chão ao teto, com a altura de dois andares. São mais de 150.000 livros, novos e usados, num espaço que vale a pena visitar só por si.



Noite

Volte de elétrico para o Cais do Sodré. Pode jantar no acolhedor Café Tati, onde a ementa, de inspiração internacional, varia todos os dias. Às quartas-feiras têm concertos de Jazz (aos domingos à tarde também). Para petiscos portugueses e Fado, com decoração minimalista, opte pelo O Povo.
A Rua Nova do Carvalho, mais conhecida por “Rua Rosa” (quando lá chegar percebe porquê), é tudo o que precisa para o resto da noite. Beba um cocktail na Pensão Amor, mas saia antes de chegarem as multidões.
Dance ao som dos anos 70, 80 e 90 no Jamaica ou no Tokyo até por volta das 3. Daí siga para o Musicbox  para uma boa dose de música eletrónica (ou vá mais cedo se souber de algum concerto em particular que queira ver). Se ainda tiver energia, no Europa e no Copenhaga os after-hours começam às 6.

Deserto do Atacama Dicas para você explorar o norte do Chile

Letícia Ponso
lele.ponso@hotmail.com

Neste post você vai encontrar um guia do deserto mais alto e mais seco do planeta. Localizado no norte do Chile até a fronteira do Peru, o Atacama apresenta uma paisagem sensacional com salar, vulcão, lagoas, formação rochosa e um dos melhores lugares para observar as estrelas. Pode parecer coisa de outro mundo como marte e a lua, mas essa maravilha de paisagem fica bem pertinho do Brasil!


# Roteiro de passeio:

O tempo ideal para curtir as belezas do Atacama em um ritmo tranquilo e sem deixar nenhum dos principais passeios de fora são de 7 dias ( 6 noites) para  que o corpo ao longo dos dias se acostume com as mudanças bruscas de altitude.
Na hora de escolher o roteiro tem que ser levado em consideração a aclimatização. Por se tratar de uma zona de altitude, o corpo precisa ir se adaptando. Comece por atividades que estão a 2.500m e deixe as que ultrapassam os 4.000m para o final. Abaixo segue uma lista de passeios para que você aproveite e vê as maravilhas desse lugar:


1° ou 2° dia: Valle de La Luna e Valle de La Muerte


A 17 km do povoado de San Pedro de Atacama encontramos um dos cartões postais do deserto, na área da Cordilheira de Sal: o Valle de la Luna.No Valle de La Luna e no Valle da La Muerte a cordilheira forma desenhos que não parecem fazer parte do nosso mundo. Areia e pedra em tons de vermelho, dourado e cinza ora lembram a superfície da lua, ora lembram a superfície de Marte, e não há melhores boas-vindas para a sua viagem ao deserto. Assim como sua coloração e texturas únicas, o pôr do sol é uma das coisas mais lindas de se ver.

Curiosidade: Eles possuem esses nomes porque lembram a superfície da lua e de marte (O nome foi dado por um Francês e que foi entendido errado, de  marte foi compreendido como muerte)

Duração: meio dia, geralmente no turno da tarde. Altitude: 2.500 m. Preço: entre 10.000 e 50.000 pesos chilenos, mais a entrada de 3.000 CLP (novembro/2017).

Valle de La Luna
seumochilao.com.br



 1° ou 2° dia: Salar de Atacama


O Salar de Atacama é enorme e é a 3° maior salinas do mundo. Nesta excursão há diversas atrações, entre elas a Laguna Chaxa (faz parte da Reserva Nacional Los Flamencos) um excelente ponto para observação das três espécies de flamingo que dão expediente por ali. É uma visita bem tranquila, com caminhada leve, em área plana. Ali também é possível fazer passeios pelos caminhos abertos no meio de uma imensidão de sal.
Há excursões de dia inteiro também. A melhor opção combina Salar de Atacama com o circuito da Laguna Cejar (com Ojos del Salar e a lagoa Tebinquinche). Há passeios que começam pelo Salar de Atacama e seguem para as Lagunas Altiplánicas. Nesse último caso, deixe para o meio da viagem, pela altitude que ultrapassa os 4.000m.

Duração: meio dia, geralmente no turno da tarde, ou dia inteiro. Altitude: 2.300 m. 

Preço: entre 25.000 e 70.000 pesos chilenos, mais as entradas – a do Salar de Atacama é de 2.500 CLP (novembro/2017).


3° ou 4° dia: Salar de Tara

O lugar fica a 4.300 metros de altitude e por isso é recomendável ir nos últimos dias. A região fica na tríplice fronteira entre Chile, Bolívia e Argentina e possui um dos cenários mais misteriosos do deserto pois tem formações e monumentos construído por lavas do vulcão e esculpidas ao longo dos anos pelos ventos.

Duração: dia inteiro. Altitude: 4.300m. Preço: entre 50.000 e 95.000 pesos chilenos (novembro/2017). Não há cobrança de entrada



dia: Geysers del Tatio

Essa região do campo geotérmico do vulcão Tatio possuem muitas manifestações termais na superfície como mananciais com água fervente e borbulhante, piscinas quentes abaixo e acima de 40ºC, poças de barro fervente, vulcões de barro, fumarolas e claro os Geysers. Os quais dão o nome ao lugar.
A erupção dos gêiseres só se ver em poucos lugares do mundo e no Atacama tem o terceiro maior campo. A erupção dura até pouco depois do nascer do sol, quando há uma diferença na temperatura ambiente e da água, por exemplo, 80°C da água e -2° C do ambiente. Ela se repete a cada manhã e pode ser observada bem de pertinho, seguindo o caminho demarcado que passa entre as chaminés de água e vapor.

Duração: meio dia (é um passeio longo, mas como sai bem cedinho, ocupa só o período da manhã). 

Altitude: 4.300 m. Preço: entre 22.000 e 80.000 pesos chilenos, mais a entrada de 10.000 CLP (novembro/2017). A piscina termal está temporariamente desativada.

DICA: Pela questão de a temperatura no deserto variar de 0 ° C á noite a 40° C durante o dia é importante fazer camadas de roupas para que ao longo do dia você poder retirar, já que geralmente os passeios começam pela madrugada!

Geyser del Tatio
viajenaviagem.com.br

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

O que fazer no Maranhão? Roteiro por São Luís e Lençóis Maranhenses

Leticia Ponso e Nathalia Villaça
Fonte: queroviajarmais.com
Data: 04/06/2017

Está planejando um roteiro de viagem e precisa descobrir o que fazer no Maranhão? Se não está, deveria incluir algum destino maranhense em sua lista. O Estado localizado no Nordeste do Brasil, na divisa com o Norte, é de geografia, cultura, história e belezas naturais únicas.
Passei quatro dias conhecendo alguns dos polos de turismo no Maranhão e venho contar neste artigo um resumo da viagem. O intuito é te ajudar a montar o seu roteiro por São Luís e Lençóis Maranhenses, fazendo com que você se encante pelo Maranhão, assim como eu me encantei.
Um pequeno guia para dividir o seu tempo de viagem para poder contemplar as belezas naturais do Maranhão, além de conhecer importantes construções arquitetônicas. E ainda, dá para aproveitar para conhecer mais a fundo algumas das manifestações culturais mais importantes do Brasil. Além disso, cito outros lugares incríveis que não deu tempo de conhecer, mas que valem super a pena, caso tenha a oportunidade.

O que fazer no Maranhão?

Separe ao menos um dia inteiro para conhecer a capital maranhense. Além de ser a porta de entrada para conhecer alguns dos melhores pontos turísticos do Maranhão, a cidade também tem várias atrações interessantes.
Carregada de cultura e história únicas, São Luís é a única capital brasileira fundada por franceses. Também sofreu invasão dos holandeses, até virar colônia dos portugueses.  Nesta época também foi um dos Estados que mais recebeu escravos africanos.
Conheça a seguir os maiores atrativos da capital e veja o que fazer em São Luís em 1 dia:

Centro Histórico de São Luís
Considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, o Centro Histórico de São Luís abriga mais de quatro mil casarões tombados. São construções de séculos passados, período do apogeu econômico da capital maranhense. O conjunto arquitetônico da Ilha do Amor tem grande valor cultural para nosso país.
Além dos casarões revestidos de azulejo português, lá você encontra outras edificações importantes. Em uma manhã, dá para andar por suas ruas históricas e ir até o Palácio dos Leões, atual sede do governo, e o Palácio de La Ravardière, edifício da prefeitura. Nos arredores, também está localizada a Catedral da Sé. Não deixe de ver a beleza da igreja por dentro e por fora, além da praça Benedito Leite, onde está localizada.

Catedral da Sé Nossa Senhora da Vitória
Foto: queroviajarmais.com


Acervo de azulejos portugueses
São Luís do Maranhão contém o maior acervo de azulejos portugueses fora de Portugal. Mesmo que muitos reclamem que os casarões estão mal preservados, vale muito a pena andar pela Rua Portugal, Rua do Giz, entre outras. É uma boa oportunidade para conhecer um pouco da história por trás dos antigos edifícios portugueses. Também é uma boa oportunidade para levar um para casa de lembrança, já que há vários souvenirs inspirados nos azulejos portugueses.

Bumba-Meu-Boi

Uma das festas folclóricas mais importantes do Brasil. A dança gira em torno de um conto sobre um boi que ressuscita. Pode ser visto nos meses de junho e julho no São João, entre outras festas.


Reggae na Jamaica brasileira

Apelidada de Jamaica brasileira, São Luís é conhecida como a capital do reggae por ser responsável pela introdução do ritmo musical no país. Foi trazido nos anos 70, graças a comunicação do estado com o Caribe por meio de rádios e porto. Ainda hoje, o reggae é bem presente e é possível ouvir as pedradas nas tradicionais radiolas em festas espalhadas por São Luís e região.
São paredões de potentes caixas de som inspirados nos sound systems jamaicanos. Uma curiosidade é que no Maranhão, o reggae é dançado a dois. Uma das maneiras de retratar a sensualidade da música de origem caribenha.

Praias de São Luís do Maranhão
Com tanta coisa interessante para conhecer na capital maranhense, não dá tempo de ir a praia. É bom saber também que as praias de São Luís são quase todas impróprias para banho. Ainda sim, não deixe de notar as peculiaridades desse mar. De acordo com sua geografia singular e sua localização próxima a Linha do Equador, a tábua de marés no Maranhão vária com mais frequência, mudando de seis em seis horas. É uma das maiores variações do mundo, pois normalmente a maré muda de 12 em 12 horas.
Um bom local para observar o mar é no Espigão Costeiro, um dos pontos turísticos mais importantes. O calçadão é palco de eventos, além do famoso letreiro “Ilha do Amor”. De lá, dá pra observar o oceano, que se encontra com o rio, e por isso adquire coloração mais escura, por muitas vezes.

Espigão Costeiro 
Foto: saoluis360.com.br

Barreirinhas e Lençóis Maranhenses
No terceiro dia, seguimos viagem para Barreirinhas, cidade-base para ficar perto dos Lençóis Maranhenses. Fica a 260 km de São Luís, o que leva cerca de 4h30 para chegar. Dá para pegar ônibus, alugar um carro ou ir com serviços de agência, como fizemos. Outra opção para se hospedar é a cidade de Santo Amaro, com menos infra-estrutura.
De Barreirinhas partem passeios até o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o maior campo de dunas do Brasil. São 155 mil hectares, o tamanho da cidade de São Paulo. Se não chovesse tanto na região, seria um grande deserto – o que já renderia um cenário maravilhoso. No entanto, o que torna o lugar tão especial são as diversas lagoas, formadas por água da chuva, entre as dunas. Originou-se um ecossistema raro de ser encontrado em qualquer outro lugar do mundo.
É simplesmente a perfeição, e não apenas para contemplar. Nadar nas lagoas, entre as dunas, é muito bom. As condições fazem com que você queira mergulhar de cabeça nas belas lagoas e nunca mais sair. Água cristalina, em tons claros de verde e azul. A temperatura é ideal e a água é doce. Não tem correnteza e nem é muito fundo – depende da época e de cada lagoa, é claro.
Os dois percursos mais famosos são o da Lagoa Bonita e da Lagoa Azul. Fizemos o primeiro percurso, já que o acesso até a Lagoa Azul estava difícil. Os passeios duram meio período. Até é possível fazer os dois percursos em um dia só, mas, segundo o guia Sérgio, da Barreirinhas Adventure, é bem cansativo. É muito sol!

Melhor época para ir aos Lençóis Maranhenses
Por ser um ponto turístico totalmente dependente da força da natureza, é necessário atentar-se a época certa para conhecer o local. O clima no Maranhão é quente o ano inteiro, as temperaturas mínimas são por volta de 22 graus. O que diferencia é o período de chuvas.
Entre janeiro e abril é quando começa a chover e as lagoas ainda estão vazias, portanto, pode ser um pouco decepcionante a visita. A partir de maio, começam a encher. A época mais recomendada para ir para os Lençóis Maranhenses é junho, julho e agosto. É quando as lagoas atingem seu nível máximo e já acabaram as chuvas.
Sinceramente, fui em maio, quando as lagoas estão começando a encher e gostei muito. Achei perfeito, é difícil acreditar que ainda vai ficar mais bonito. Tem bastante espaço para caminhar no deserto de dunas, mas ainda sim, tem algumas lagoas boas para nadar. A Lagoa Bonita estava ideal, na minha opinião. Água na altura dos ombros e temperatura perfeita. O difícil foi sair de lá, ainda bem que o sol ia se pôr em poucos instantes e me motivou. O mais legal de fazer o passeio no período da tarde é poder ficar para contemplar o pôr do sol.
Se fosse para indicar a melhor época do ano para ir aos Lençóis Maranhenses, eu diria junho. Depois percebi que é unanimidade, todos dizem que junho é o mês mais bonito do Maranhão. Além de ser período de cheia das lagoas, ainda é possível aproveitar a festa de São João na capital São Luís, uma das maiores do Brasil.


Lençóis Maranhenses 
Foto: melhoresdestinos.com.br

Noronhe-se: Fernando de Noronha, a ilha mais cobiçada pelos famosos e dona da praia mais bonita de 2018

Letícia Ponso lele.ponso@hotmail.com Morro dos Dois Irmãos - Fernando de Noronha yellow.local.ch   O arquipélago Ferna...